Pode admitir: é difícil resistir às bochechas rechonchudas de crianças e bebês, não é mesmo? Dá vontade de apertar! Mas, ao contrário do que muitos pensam, gordura não é sinônimo de saúde. E não faltam estudos científicos para alertar os pais sobre os perigos da obesidade infantil.

Obesidade infantil: as consequências

Uma pesquisa recente, financiada pelo Instituto Nacional de Saúde, nos Estados Unidos, analisou exames de ressonância magnética de 20 crianças obesas. A descoberta é impressionante: 40% delas apresentam alto risco de ter problemas cardíacos. Segundo os pesquisadores, quando essa situação aparece durante a infância, a saúde pode ficar comprometida de forma séria na vida adulta, e, no pior dos casos, levar à morte prematura, justamente pelas consequências que afetam o coração.

O segundo alerta vem do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), também dos Estados Unidos. A instituição compilou e analisou dados americanos de 2011 a 2014 e fez a seguinte descoberta: 21% das crianças com mais de 5 anos de idade têm níveis de colesterol acima do recomendado – e isso aumenta os riscos de infarto e derrame.

Embora esses problemas costumem se manifestar na fase adulta, a qualidade de vida na infância também pode ser comprometida. “Alterações ortopédicas, desencadeadas pela obesidade, são muito limitantes.Quando o esqueleto está sobrecarregado, há modificações na coluna, no joelho e nos pés, além de prejuízos no crescimento”, afirma a endocrinologista pediátrica Gabriela Kremer, do Ambulatório de Obesidade do Hospital Pequeno Príncipe (PR)

A hora de comer

Depois de acompanharem 60 famílias, pesquisadores da Universidade de Illinois (EUA) concluiram que fazer refeições distraidamente, ou seja, alimentar-se enquanto realiza outra tarefa, é bastante perigoso para a saúde, por favorecer a obesidade infantil, já que a criança não nota o que está comendo e pode acabar ingerindo calorias demais.

Por isso, os cientistas afirmam que é importante os pais restringirem o uso de equipamentos eletrônicos à mesa e evitarem ao máximo oferecer as refeições aos filhos enquanto fazem outras atividades. Os adultos, aliás, também precisam policiar a si mesmos. O estudo mostrou que, que quando estão em ambientes barulhentos, com equipamentos eletrônicos ligados, tendem a comer mais e a deixar de dar a devida atenção às crianças.

Fonte: http://revistacrescer.globo.com/Criancas/Saude/noticia/2015/12/obesidade-infantil-como-ela-afeta-saude-do-seu-filho.html